Variabilidade Climática refere-se ao desvio de estatísticas climáticas durante um dado período de tempo (por exemplo, um mês específico, uma estação de ano) a longo prazo, em relação ao calendário do clima correspondente ao mesmo período. Deste modo, descreve como o clima, durante um período de tempo comparativamente curto, varia de médias climáticas a longo prazo, com consequências directas na gestão de recursos hídricos. Por exemplo, um resultado directo pode ser a mudança na disponibilidade de recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Fenómenos especiais, tais como o El Niño ou o Fenómeno El Nino Oscilação Sul ou uma actividade vulcânica, podem causar a variação do clima.
Uma variável crítica para avaliar as tendências de precipitação e evaporação é o Coeficiente de Variação (CV) que pode ser aplicada aos dados meteorológicos mensais.
O CV é uma medida estatística da variação sazonal potencial e das flutuações interanuais na disponibilidade de água para as regiões. O aumento da variabilidade da água indica maiores flutuações de água de ano para ano, um índice de CV mais alto significa, portanto, menos previsibilidade do clima.
O CV é visto como uma avaliação mais precisa da disponibilidade da água do que a média anual da precipitação/evapotranspiração, como demonstra a variabilidade natural de ano para ano. Altos níveis de CV indicam um grande nível de precipitação de ano para ano numa determinada área específica (Schulze 2006). A variabilidade da precipitação e da evapotranspiração, ambas no tempo e espaço numa dada região, influenciam directamente a disponibilidade e variabilidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
Para uma série de valores do CV encontrados na bacia fluvial do rio Limpopo, ver Variabilidade Climática na bacia hidrográfica.
A precipitação e evapotranspiração são factores determinantes da água superficial e subterrânea.
Fonte: DWA 2008
( clique para ampliar )
