Apesar da África do Sul ser um país de renda média (ver Distribuição da Actividade Económica), com alguns progressos no tratamento das desigualdades do regime anterior, continua ainda a enfrentar graves desafios económicos. Em toda a África do Sul, partes da sociedade desfrutam de condições socio-económicos equivalentes à riqueza dos países mais desenvolvidos, enquanto outros grupos sociais vivem em situações de privação e exclusão extrema, que levam à uma pobreza só comparável a dos países menos desenvolvidos. A pobreza é mais profunda nas áreas rurais. Qause 50 % da população não-branca vive abaixo do nível nacional de pobreza (StatsSA 2007). Muitas famílias ainda têm acesso insuficiente à água potável, à energia, à saúde e educação. A taxa de criminalidade elevada da África do Sul é, em certa medida, influenciada por essas circunstâncias.
Distribuição Rural e Urbana nas Quatro WMAs
Existem quatro áreas de gestão hídrica na bacia hidrográfica do rio Limpopo na África do Sul: WMA do Limpopo, WMA do Luvuvhu e Letaba, WMA do Olifants e WMA do Crocodilo (Oeste) e Marico (LBPTC 2010). Com a excepção da WMA de Crocodilo (Oeste) e Marico, a maioria da população é rural e a distribuição de riqueza é muito desigual.
“À semelhança das tendências demográficas nacionais, principalmente atribuíveis aos impactos do HIV/SIDA e à crescente urbanização, prevê-se pouco ou nenhum crescimento populacional nas áreas rurais antes do ano de 2025 (DWAF 2003a).”
Cerca de 3,5 % da população da África do Sul vive na WMA do Limpopo e 80 % vive em povoados ou aldeias informais. A população está principalmente concentrada no sudeste da bacia, com a população urbana concentrada nos arredores de Polokwane, o único grande centro urbano na WMA (DWAF 2003a).
À semelhança da WMA do Limpopo, cerca de 3,5 % da população nacional vive na WMA de Luvuvhu e Letaba. A característica predominante é a rural, com mais de 90 % da população a viver nas áreas rurais. A densidade populacional relativamente elevada tem uma distribuição uniforme em toda a região do Loweveld. As densidades mais baixas encontram-se nas áreas montanhosas e escarpadas, com densidades ainda mais baixas no Kruger National Park. Os centros urbanos, áreas relativamente pequenas, incluem Tzaneen, Thohoyandou e Giyani (DWAF 2003b).
Cerca de 7 % da população nacional reside na WMA de Olifants, e 67 % da população é rural. A maioria da população total (60 %) vive em aldeias informais na sub-área do Médio Olifants. No Alto-Olifants 80 % da população habita no meio urbano, onde também se encontram os principais centros urbanos de Witbank e Middelburg (DWAF 2003d).
A WMA do Crocodilo (Oeste) e Marico é a seconda WMA mais habitada do país. A maioria da população (85 %) está concentrada nos arredores dos centros urbanos de Pretória e Joanesburgo. Em outras áreas da bacia, a densidade populacional varia entre escassez e moderação.A população está ligada às oportunidades económicas, e novas projecções indicam que a população continuará a crescer em torno dos grandes centros urbanos e nas sub-áreas de Eland, onde existem empreendimentos de mineração (DWAF 2003c).

Apesar dos investimentos em larga escala nos sistemas de abastecimento de água rural, o acesso à água potável continua a ser um desafio para muitas comunidades rurais na África do Sul.
Fonte: CSIR 2003
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Indicadores-Chave
O Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) para a África do Sul é de 0,683, o que coloca o país no 129.° lugar, num ranking de 182 países com dados (UNDP HDR 2009). O Coeficiente de Gini para a África do Sul no Relatório do Desenvolvimento Humano de 2007/2008 foi de 57,8.

Áreas de Gestão da Água na bacia hidrográfica do rio Limpopo, África do Sul.
Fonte: Hatfield 2010
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