A bacia apoia uma vasta gama de actividades sócio-económicas da indústria de mineração e agricultura nas áreas rurais, para serviçosgovernamentais, finanças e consumo nos grandes centros urbanos.
As principais cidades de Gaborone, assim como Francistown (Botsuana), Pretoria, partes de Johannesburg e de Polokwane (África do Sul) e Bulawayo (Zimbabué) são grandes utilizadores de água fornecendo água à indústria, às centrais eléctricas e aos municípios. Fora das cidades, a água é conseguida a partir de furos, poços, barragens e açudes de areia para uso agrícola. A agricultura de sequeiro para a subsistência é largamente praticada na bacia, mas devido ao clima imprevisível nesta área, é uma fonte instável de alimento e renda (LBPTC 2010).
 Union buildings em Pretória, África do Sul. Fonte: Hatfield 2009 ( clique para ampliar )
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 A cidade de Pretória, África do Sul, é um centro comercial e governamental na bacia hidrográfica do rio Limpopo. Fonte: Hatfield 2009 ( clique para ampliar )
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A mineração está presente em toda a bacia, principalmente na África do Sul e Zimbabué, incluindo o Botsuana e Moçambique. Com o aumento projectado da actividade de mineração, espera-se que as condições económicas continuem a melhorar na bacia. No entanto, há preocupações legítimas de que o aumento da actividade mineira irá aumentar a pressão sobre os recursos hídricos.
O ecoturismo é outro sector utilizador de água e uma actividade económica importante que ocorre nos quatro Estados que partilham a bacia do rio Limpopo (LBPTC 2010), os quais possuem algumas das maiores reservas naturais de caça na região da SADC.
A tabela abaixo apresenta um resumo das várias actividades sócio-económicas em decurso nos Estados que partilham a bacia do rio Limpopo.
Resumo das condições e das actividades sócio-económicas nabacia hidrográfica do rio Limpopo.
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Botsuana
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Moçambique
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África do Sul
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Zimbábue
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População residente na bacia (2007)
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69 % (1,21 milhões).
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7 % (1,39 milhões).
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22 % (10,72 milhões).
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10 % (1,14 milhões).
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Agricultura
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65 % da população vive das explorações agrícolas. Trata-se, em grande parte, da agricultura de sequeiro para subsistência. Agricultura comercial irrigada em pequena escala no bloco Tuli.
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80 % da população activa trabalha no sector agrícola. A zona costeira da província de Gaza é favorável para a agricultura. A maioria das famílias dedica-se à agricultura de sequeiro para subsistência. Alguns campos comerciais de agricultura irrigada no Distrito de Chokwé (30 000 ha).
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Agricultura de sequeiro para subsistência em todas as 4 Áreas de Gestão da Água (WMAs), agricultura de irrigação nas WMAs do Limpopo, Luvuvhu e Oliphants.
Vegetação natural (pastagem) e reservas de caça no Oliphants e nas Áreas de Gestão das Águas (WMAs) do Crocodilo.
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64 % da população activa da bacia está empregue no sector primário. 55 % dessa população são agricultores comunais de subsistência. No Alto Mzingwane pode-se encontrar agricultura comercial irrigada.
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Turismo
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Reservas, quintas de diversão e sítios culturais.
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Turismo de praia, parques nacionais e reservas de diversão.
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Parque Nacional Kruger
Actividades de eco-turismo na Área de Gestão de Água do Oliphants.
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Mineração/ Indústria
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Algumas minas na região da bacia, no Botsuana.
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Área da bacia rica em gás natural.
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Todas as quatro Áreas de Gestão das Águas têm actividades de mineração.
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Fonte de Renda
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Agricultura de sequeiro (instável). Venda de gado.
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Agricultura de sequeiro (instável). Venda de cana, carvão vegetal e lenha.
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Agricultura de sequeiro (instável). Agricultura commercial irrigada. Emprego formal.
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Agricultura de sequeiro (instável). Venda de gado.
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Adaptado de: LBPTC (2010)