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A Gestão dos Recursos Hídricos

 



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Geração de Energia Hidroeléctrica  

As fontes tradicionais de produção de electricidade tais como carvão, usam muita água, sendo que a energia hidroeléctrica permite reutilizar a água a jusante. Todavia, a maioria dos projectos de energia hidroeléctrica de grande escala requer a construção de barragens que alteram significativamente o fluxo e inunda grandes porções de terra, incluindo habitats de vida selvagem e vegetação causando impactos ambientais significativos. Projectos hidroeléctricos de pequena escala, tais como as centrais a fio de água, desviam apenas uma porção do rio sem inundação ou necessidade de reservatórios, por isso, os impactos ambientais são comparativamente baixos.

A fonte de electricidade em cada país ribeirinho em 2006, de acordo com os Indicadores de Desenvolvimento Mundiais do Banco era (Banco Mundial 2010):

  • Botsuana - 99 % carvão;
  • Moçambique - 99 % energia hidroeléctrica;
  • África do Sul - 93 % carvão, 5 % nuclear, 2 % energia hidroeléctrica; e
  • Zimbabué - 43 % carvão, 57 % energia hidroeléctrica.

O Botsuana e a África do Sul estão muito dependentes de carvão para as suas necessidades de electricidade, sendo que Moçambique depende apenas de energia hidroeléctrica e o Zimbabué está dividido de forma igual entre carvão e energia hidroeléctrica a nível do país.

Demanda de Água: Energia Convencional

Em 2000 calculava-se que 18 % do uso da água era no sector de exploração mineira e electricidade no Botsuana (Swatuk & Rahm 2004). Este consistia numa estação de electricidade alimentada a carvão e cerca de meia dúzia de minas. Calcula-se que até 2010 a demanda de água do sector de electricidade e exploração mineira aumente para 22 % no Botsuana (Swatuk & Rahm 2004). Um projecto de energia previsto, Mmamabula, é na bacia do rio Limpopo. Este projecto envolve o desenvolvimento de minas de carvão e estações de electricidade aliadas e tem uma capacidade de geração de energia de 2 500 MW (ADB 2008).

Conforme notado em Uso e Distribuição da Água, o uso de água para produção de electricidade na bacia é apenas reportado na África do Sul, representando aproximadamente 7 % da demanda de água (LBPTC 2010). Na WMA de Crocodile (West) (Crocodilo Oeste) e Marico existem duas estações de produção de electricidade municipais em Pretoria e uma perto de Kempton Park (DWAF2003c). Algumas das maiores estações de produção de electricidade térmica no mundo estão localizadas na WMA de Olifants (rio dos Olifants) nos centros industriais de Witbank e Middelburg e perto de Phalaborwa. A produção de electricidade é significativa na WMA de Limpopo devido à central eléctrica de Matimba em Lephalale que é a maior central eléctrica do mundo utilizando torre de arrefecimento seca. Não existe nenhuma central eléctrica na WMA de Luvuvhu e Letaba.

Os ecossistemas aquáticos na área de Waterberg da África do Sul (nas sub-bacias de Mokolo e Lephalala) podem ser afectadas de forma adversa pelas centrais eléctricas alimentadas a carvão propostas na área (Shirley 2009). Uma maior deposição ambiental atmosférica pode exercer pressão significativa nos ecossistemas existentes na bacia do rio Limpopo.

Apesar de estar prevista uma central eléctrica alimentada a carvão na província de Tete de Moçambique (a noroeste da bacia do rio Limpopo), não são conhecidos desenvolvimentos de electricidade na bacia do rio Limpopo (CMEN 2010).

Não existem centrais eléctricas na porção Zimbabueana da bacia do rio Limpopo.

Demanda de Água: Energia Renovável

No Botsuana, de 2004 a 2008 houve uma reforma de políticas para se obter a auto-suficiência em termos de electricidade e gerir a eficácia e o acesso. A estratégia do governo incluiu a promoção da política de energia renovável usando energia solar para produção de electricidade e aquecimento da água caso economicamente viável (ADB 2008).

Apesar do maior esquema de energia hidroeléctrica na África Austral ser o caso de Moçambique (barragem de Cahora Bassa no rio Zambeze), não existem fontes de energia renovável na parte Moçambicana da bacia do rio Limpopo.

A África do Sul tem um grande potencial com recursos renováveis para explorar esta energia de forma a satisfazer as demandas futuras(DME 2003). Em 2003, o Departamento de Minerais e Energia (DME) publicou um Documento sobre a Política de Energia Renovável, que definiu uma meta de 10 000 GWh para a contribuição da energia renovável para o consumo de energia final até 2013. Esta meta vai ser produzida principalmente a partir de bio massa, vento, solar, tecnologias hidroeléctricas de pequena escala não ligadas à rede tais como biocombustíveis e aquecimento solar de água (DME 2003). Conforme notado na figura abaixo, o potencial bom a excelente de energia hidroeléctrica na África do Sul está centrado a sudeste, enquanto o potencial na bacia do rio Limpopo tem áreas limitadas no lado este da bacia com um potencial fraco a aceitável (DME et al. 2001).

No limite norte do Zimbabué, na fronteira com a Zâmbia, for a da bacia do rio Limpopo, o Zimbabué assinou um acordo com a Sinohydro da China para expandir a sua central hidroeléctrica de Kariba (Daily Nation 2010). Não existe nenhuma central eléctrica na parte Zimbabueana da bacia do rio Limpopo.

Projectos de energia hidroeléctrica de grande escala requerem a construção de barragens que alteram significativamente o caudal.
Fonte: ©iStockphoto/Kawisign 2008
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